Ipiranga Racing teve um 2020 duro e vitorioso
Postado: December 14, 2020A pandemia que atingiu toda a sociedade de diferentes formas fez de 2020 um ano particularmente difícil para a Stock Car. A principal categoria do automobilismo brasileiro estava estreando um carro novo, que praticamente não foi testado antes de a temporada começar atrasada de março para a julho, e as corridas foram disputadas num cronograma apertado, sem a presença de público e com número limitado de mecânicos trabalhando.
Dentro deste cenário, a Ipiranga Racing chefiada por Andreas Mattheis mostrou enorme capacidade de adaptação, espírito de equipe e a competência de sempre: fomos a equipe com mais pole positions – seis das doze disputadas, quatro de Thiago Camilo e duas de Cesar Ramos -, Thiago Camilo foi o piloto com mais vitórias em corridas principais, três, e nossos pilotos lideraram o campeonato por mais da metade da temporada.
Na Grande Final, corrida única com pontuação dobrada disputada no último domingo (13), alguns problemas técnicos fizeram com que Thiago Camilo, que chegou à Interlagos líder, não pudesse sequer brigar pelo almejado título. No sábado, na classificação, uma marcha que não entrou fez o Toyota número 21 perder dois preciosos décimos de segundo que o tiraram da segunda sessão (Q2), que define o pole position. Camilo largou em 17º e vinha escalando o pelotão (já estava em 13º) quando seu motor perdeu rendimento subitamente e ele recolheu o carro aos boxes, na nona volta. Um cabo de vela derretido acabou com as esperanças do piloto.
“O carro vinha rendendo muito bem, e apesar da situação adversa eu estava pronto para brigar até a bandeirada final”, resumiu. Segundo Andreas Mattheis, o escapamento dos novos carros da Stock Car provoca um aquecimento extremo do motor, o que levou o cabo de vela a derreter. “Mais uma vez a Ipiranga Racing mostrou que é uma equipe com E maiúsculo, vencemos juntos, perdemos juntos e ano que vem estaremos na pista atrás do nosso objetivo, que são as vitórias e os títulos!”.
Cesar Ramos, que estreou esse ano na Ipiranga Racing, largou em terceiro e chegou em segundo na Grande Final. Foram três corridas em Interlagos na temporada 2020, e Cesinha chegou em segundo nas três, sendo que nas duas primeiras, dia 22 e 23 de agosto, foi pole position. “Cheguei na Ipiranga Racing como substituto temporário (de Bia Figueiredo, que estava grávida), fiz a temporada inteira e com resultados muito acima das expectativas. Para mim era um sonho e um desafio correr numa equipe de ponta como a do Andreas Mattheis, com um companheiro ultra competitivo e experiente como o Thiago, e consegui não somente realizar o sonho como vencer o desafio. Hoje, é claro que eu queria a vitória, mas meu desempenho era muito semelhante ao do Ricardinho (Ricardo Mauricio, que venceu a prova e foi campeão pela terceira vez), e cheguei na melhor posição possível. Estou muito feliz com o dia e a temporada”, disse o gaúcho, que quase três horas depois de receber a bandeira quadriculada em segundo, subir ao pódio, estourar a champanhe e ganhar o troféu, foi punido com 5 segundos de acréscimo por uma disputa por posição com Ricardo Zonta e caiu para a quinta posição.
O campeonato
1 – Ricardo Mauricio - 291
2 – Ricardo Zonta - 278
3 – Daniel Serra - 275
4 – Thiago Camilo - 238
5 – Cesar Ramos - 237
6 - Rubens Barrichello - 234