A curiosidade é inevitável: para onde vai o óleo “velho” do veículo, após a troca? Além de pertinente, a questão reflete uma preocupação recorrente. Afinal, já tão massacrado ao longo dos anos, o meio ambiente merece um cuidado especial. Por isso, vamos responder a essa questão, apostando na conscientização de quem utiliza o produto.
Troca do óleo, uma necessidade
E como o óleo é importante nos tempos atuais! Carros, motos, ônibus, caminhões, barcos, indústrias… Enfim, o lubrificante é responsável pelo bom funcionamento de um motor, seja ele qual for. Mas, para evitar problemas, o produto precisa ser substituído de tempos em tempos. Portanto, as trocas agradam em cheio os diferentes possantes. Entretanto, não podem desagradar ao meio ambiente.
Esses lubrificantes usados nos motores de diferentes tipos (sintético, semissintético ou mineral) têm distintas viscosidades. Mas todos eles possuem, ao menos, 80% do volume composto de óleo básico, abrindo espaço para os aditivos. Dessa forma, a troca exige alguns cuidados – especialmente no descarte.
É aí que entra em ação uma determinação do Ministério do Meio Ambiente, a Resolução nº 362/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Afinal, ela bem específica ao determinar que o chamado rerrefino – processo de reutilização do óleo lubrificante – seja o destino obrigatório após a retirada de poções usadas ou contaminadas.
Assim, nada de jogar pelo ralo os óleos descartados, para quem faz essa troca em casa. No caso dos locais especializados, o segredo é recolher os resíduos de forma segura, acondicionando o material em recipientes adequados. Na sequência, passar para coletores devidamente credenciados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
As consequências do descarte irregular
A precaução máxima na hora de trocar o óleo, especialmente quanto ao descarte, é necessária pelos riscos que ela apresenta para a saúde e para o meio ambiente. O manuseio inadequado, por si só, já é danoso à saúde.
A origem petrolífera do óleo traz elementos tóxicos. Com a presença dos aditivos, as possibilidades de contaminação se ampliam. Compostos perigosos para a saúde e ambiente trazem elementos como cádmio, chumbo e arsênio, elevando o risco geral.
No caso do meio ambiente, por não ser biodegradável, o óleo lubrificante leva muitíssimo tempo para ser absorvido pela natureza. Pior: quando cai no solo fértil, é capaz de inutilizá-lo para o cultivo ou mesmo a construção civil.
Dessa forma, o mundo só tem a perder com isso. Portanto, tenha muita atenção com a substituição do lubrificante do seu automóvel, evitando realizar o procedimento em casa ou em oficinas que não respeitem as regras estabelecidas em lei. Em caso de dúvida, basta contar com o auxílio da Rede Ipiranga, que promove a correta destinação desse produto. Etiquetas